Resumo |
Paulo Andrade analisa nesta obra os procedimentos tecnicos, temas e motivos construidos pelo poeta Sebastiao Uchoa Leite para refletir sobre seu projeto poetico e seu sujeito lirico. O estudo focaliza uma produção poetica submetida a certa tensao, por desvios e aproximacoes, tanto com a tradicao moderna quanto com as propostas modernistas, o que impossibilita demarcar limites para classifica-la. O grande merito do autor e precisamente situar a obra de Uchoa nesse contexto especifico. Andrade mostra que Uchoa nao concebe o modernismo como forca propulsora, mas como forma. O poeta não descarta as conquistas de 1922 e das decadas seguintes, no entanto, empenha-se em transgredi-las, contaminando-as com referencias de toda ordem, seja da alta cultura, seja de elementos liricos retomados de tradicoes mais antigas, como a obra de Francois Villon, seja da cultura de massa ou de linguagens as mais diversas. Adepto do modernismo, Uchoa centra-se no contexto de seu tempo, e utiliza-se de uma linguagem concisa para expressar as preocupacoes em relacao a cultura contemporanea. |