Resumo |
Certamente a peça mais conhecida de Gil Vicente, “Auto da barca do Inferno” é uma representação alegórica do destino das almas humanas assim que deixam seus corpos, quando encontram duas barcas com seus respectivos arrais, um Anjo e um Diabo. As duas entidades acusam os vícios e faltas cometidos em vida pelas personagens, a fim de ensinar aos vivos os perigos e enganos da vida transitória. A peça, que foi escrita para a cena palaciana, mostra-se uma sátira impiedosa sobre os costumes da sociedade da época ninguém é poupado, nem mesmo padres, fidalgos e magistrados. “Auto da barca do Inferno” é a primeira parte da trilogia das barcas, seguido das barcas do Purgatório e da Glória. Estima-se que tenha sido escrita em 1516, mas foi publicada, assim como as demais obras de Gil Vicente, apenas em 1562. |