Resumo |
Este livro evidencia uma realidade de convivência social com a loucura, ou, mais precisamente, com ex-internos de um hospital psiquiátrico, o qual, com as recentes políticas de desinstitucionalização, foi desativado e seus ex-internos passaram a viver em casas localizadas na comunidade. Essas casas são denominadas de Residências Terapêuticas (RTs) e devem possibilitar a moradia, assim como a circulação de seus moradores pelos espaços públicos. A convivência social estabelecida com os moradores das residências terapêuticas, portanto, é objeto deste livro, que situa as dimensões sobre sua aceitação e rejeição do corpo social, por meio de uma articulação entre os saberes provenientes da desinstitucionalização italiana, da psicologia social e da etnograöa. O que se segue é fruto de uma experiência acadêmica e revela o retrato de um cotidiano composto por aspectos simbólicos e afetivos, que se atravessam em processos de constituição da identidade social de habitantes e comerciantes locais. |