Resumo |
"Parir e nascer, definitivamente, não sao processos ‘naturais’ nem meramente fisiologicos. Sao eventos sociais e culturais complexos, que envolvem interacoes entre individuos, grupos sociais e organizacoes (hospitais e maternidades), com poderes e legitimidades diferenciados". A partir desta constatacao, a autora faz uma investigacao sistematica sobre como disputas em torno do modelo de assistencia ao parto tornam-se obstaculos para a implementacao de uma politica que considere mais o papel da mulher e minimize os impactos negativos de uma excessiva hospitalizacao do processo. Com base no caso da rede hospitalar de Belo Horizonte – publica, filantropica, privada contratada e privada nao contratada pelo SUS –, verifica em que medida as politicas nacionais de humanizacao do parto se operacionalizaram, como se portaram profissionais obstetras (medicos e enfermeiras) e quais foram as dificuldades institucionais enfrentadas para colocar em pratica essas politicas. Fornece, assim, valiosos indicadores para todos aqueles empenhados na efetiva humanizacao do parto no Brasil. |