Resumo |
Este trabalho considera que a palavra escrita ultrapassa a bidimensionalidade do papel ao ser interpretada, mutilada, reencenada e, por vezes, ironicamente esquecida no texto, ou pelas multiplas leituras que, nao raro, sao feitas por um mesmo leitor em diferentes momentos de sua historia, ou ainda em distintos estados de humor, age em abertura de espacos, outros, na producao de sentidos. O artigo objetiva refletir sobre as representacoes estabelecidas na relacao entre o leitor e a leitura, por intermedio do livro, tecidas a partir de uma rede discursiva que tramita essa triade. A reflexao apresenta uma aproximacao entre diferentes ideias, conceitos ou imagens que insinuam as (in)definicoes a partir de proposicoes a respeito do livro enquanto objeto mediador da acao leitora. Para tanto, com base no conceito de obra aberta de Eco, toma-se como fundamento argumentativa a questao da materialidade do livro posta por Chartier, a nocao de “rizoma” de Deleuze e Guattarri e a reflexao de experiencia descrita por Benjamin e Larrosa. |