| Resumo |
HERBERT MARCUSE, THEODOR W. ADORNO E WALTER BENJAMIN SAO AQUI DIDATICAMENTE APRESENTADOS, A PRINCIPIO DE MANEIRA QUASE PURAMENTE DESCRITIVA, PARA EM SEGUIDA TEREM OS PRESSUPOSTOS E AS CONCLUSOES DE SUAS IDEIAS SUBMETIDOS A UMA ANALISE RIGOROSA DO JOVEM CRITICO BRASILEIRO. COMO MERQUIOR EXPOE, MARCUSE SUGERE, A PARTIR DE UMA RELEITURA DA PSICANALISE FREUDIANA, ALGO QUE PODE SER RESUMIDO COMO UMA “ESTETIZACAO DA EXISTENCIA”, QUE ENTENDA A PROPRIA VIDA COMO UMA OBRA DE ARTE – UMA VISAO PRESTIGIADA PELOS CIRCULOS ACADEMICOS DE ENTAO, MAS QUE MERQUIOR NAO DEMORA A IDENTIFICAR COMO PROBLEMATICA E A QUAL CONFERE UMA RELEVANCIA INESPERADAMENTE MODESTA. EM CONTRASTE, ADORNO – FILOSOFO PRINCIPALMENTE ATENTO A MUSICA – PERCEBE A HABITUACAO A ARTE, A ACEITACAO DELA DESDE QUE REDUZIDA A FUNCAO DE DELEITE FORTUITO, COMO UM ENDOSSO DA SOCIEDADE QUE, NO SEU FUNCIONAMENTO COTIDIANO, SE SUJEITA TERMINANTEMENTE AO IMPERIO DA CIENCIA E DA TECNICA. EM VEZ DE PROPORCIONAR TAL DELEITE CONSOLADOR, A ARTE DEVERIA EXIBIR AS DEFORMACOES EXISTENTES NO MUNDO, SERVIR COMO ESPACO DE PRODUCAO E DE REFLEXAO. SE O ESTADO ARTISTICO DESEJADO POR MARCUSE SE MOSTRA UM “PARAISO INALCANCAVEL”, PARA ADORNO A ARTE NAO VINHA SENDO CAPAZ DE TRANSCENDER AS CONDICOES POLITICAS, E O PAPEL QUE RESTA EXIGIRMOS DELA E, NAS PALAVRAS DE MERQUIOR, O DE UMA “FORMA AUTOFAGICA”. |
