Resumo |
A narrativa transcorre no interior da Amazônia e relata a construção da ferrovia Madeira-Mamoré, entre 1907 e 1912. O projeto liderado pelo empreendedor americano Percival Farquhar tinham o objetivo de construir uma estrada que pudesse competir com o Canal do Panamá. O livro relata os episódios mais macabros e inacreditáveis dos registros históricos da construção da ferrovia focando-se num período de três meses, Márcio Souza força o leitor a confrontar o inferno. A ferrovia Madeira-Mamoré integraria uma região rica em látex na Bolívia com a Amazônia, mas encontrou obstáculos descomunais: 19 cataratas, 227 milhas de pântanos e desfiladeiros, centenas de cobras e escorpiões, a exuberância da floresta amazônica além da malária. As obras inacabadas deixaram um saldo de 3,6 mil homens mortos, 30 mil hospitalizados e uma fortuna em dólares desperdiçada na selva. O engenheiro inglês Stephan Collier comandava com mãos de ferro a construção da ferrovia, liderando um enorme grupo de homens de todo o mundo, indispostos entre si, no meio de uma floresta selvagem, ameaçados por toda a sorte de infortúnios. |