| Resumo |
Navegando sob o rio Tâmisa (que passa por Londres, capital do Reino Unido), o marinheiro inglês Charles Marlow começa a narrar a seus companheiros o que é a história do livro em si, ou seja, suas experiências como capitão de uma barcaça, percorrendo o rio Congo, a principal via fluvial da então colônia. Na verdade, as experiências de Marlow são as do autor, Conrad, que realizou este mesmo trabalho durante algum tempo, no mesmo local. Marlow é, na verdade, o alter-ego de Conrad, por assim dizer. Marlow é incumbido de realizar uma viagem à procura de Kurtz, um comerciante de marfim que, no contato com o africano habitante das densas florestas equatoriais, teria deixado se influenciar em demasia pela realidade do continente africano e sucumbido aos instintos dos selvagens locais. A história pessoal de Kurtz procura retratar a trajetória do europeu civilizado em contato com a cultura primitiva do continente africano, sendo que, no início, ele simboliza a erudição do homem branco, que é ao mesmo tempo poeta, músico, político, comerciante, um polivalente homem da renascença. Ao final de sua trajetória, porém, Kurtz cometeu os mais diversos crimes contra a sociedade civil, que para ele já não fazia sentido algum, culminando no crime supremo contra a religião cristã, o de ser adorado ele mesmo como um deus. |