Resumo |
Coleman Silk, professor de letras clássicas numa universidade da Nova Inglaterra, aos setenta anos se vê obrigado a pedir exoneração e a se afastar do meio acadêmico. O motivo é uma acusação de racismo.
Virá em seguida uma acusação de abuso sexual contra uma faxineira que trabalha no campus. A ideologia do politicamente correto tomou o poder na universidade e disparou sua artilharia contra o velho professor judeu, que se recusa a sujeitar-se aos padrões dominantes.
Execrado publicamente, Coleman trava contra a faculdade uma batalha humilhante. O ambiente carregado de ódio recrudesce quando o ex-marido da faxineira, um veterano da Guerra do Vietnã mentalmente perturbado, cruza seu caminho. O ciúme se mistura ao rancor, por ser Coleman intelectual, velho e judeu. Perdido na névoa de um delírio homicida, o veterano encarna os piores pesadelos americanos, com os quais Coleman terá de ajustar contas.
Mas o mesmo professor que antes revolucionara a faculdade e se fizera admirar pela audácia guardou um segredo por cinco décadas. Nem a esposa nem os filhos conheceram sua verdadeira origem racial, pois aos vinte anos, ao entrar na marinha, Coleman Silk descobriu que ela não era evidente e que podia manobrá-la. A marca humana, entretanto, não se apaga. Não há destino, individual ou coletivo, capaz de pôr-se a salvo dos seus vestígios. |