Resumo |
Em ”Corintiano Graças a Deus”, o arcebispo emérito de São Paulo mostra que a sobriedade esperada de um religioso pode ser perfeitamente conciliada com os furores causados por um dos esportes mais passionais do mundo. Partindo de sua paixão alvinegra, dom Paulo faz delicadas e surpreendentes crônicas sobre seu amor ao clube, seu fascínio pelo futebol e sua convicção de que, apesar das diferenças de credo ou ideologias, um único propósito pode unir todos os homens: a justiça social. O livro revela que assim como intercedeu diretamente com generais para livrar os presos da tortura no período militar, o cardeal também pediu ao papa Paulo VI que São Jorge - padroeiro do Corinthians - não tivesse seu título cassado em um reordenamento do calendário oficial da liturgia. Outro episódio lembra o período de 22 anos sem títulos do clube. Ao saber que a má fase estava sendo atribuída a um sapo enterrado no Parque São Jorge, dom Paulo ameaçou virar Palmeirense. Sem demora, a diretoria do clube o convidou não apenas para um, mas para dois jantares. Conta ele: ́No final, pediram-me que desse uma bênção ́bem forte ́naquele local, o que, evidentemente, fiz co m muito gosto. O resultado todos conhecem: vencemos com Deus, não com o sapo! ́. A obra tem apresentação de Juca Kfouri e posfácio de Maria Angela Borsoi, sua secretária desde 1967. |