Resumo |
Os contos que Silviano chama de “Histórias mal contadas” são os cinco primeiros do livro e tratam, em particular, das experiências concretas, divertidas e sofridas que um jovem universitário brasileiro teve no seu primeiro contato com as sociedades francesa e norte-americana nos anos 1960. Naquela década, a vida em Paris era uma loucura e os estados do sul dos Estados Unidos ofereciam um campo de batalha onde se digladiavam brancos, afro-americanos e chicanos, onde reinavam o preconceito e a intolerância. É daí que surge e se espalha por todo o mundo a premência de uma revolução política e comportamental, que levará de roldão por algum tempo os países do Ocidente.
Esses trabalhos insanos, intrigantes e frutíferos de arqueólogo amador acabam se transformando em contos lapidares daquilo que o próprio autor classifica como "autoficção", um misto de autobiografia e ficção.
Os sete contos restantes são histórias apropriadas, em que Silviano – através de um estilo de camaleão – homenageia com muita originalidade personalidades como Graciliano Ramos, Carlos Drummond e Mário de Andrade, ao mesmo tempo que traça panoramas riquíssimos e inventivos da cultura brasileira.
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