Resumo |
Lá estava eu, já na minha sepulta, o caixão fechado, com uma laje pesada por cima e mergulhado na escuridão absoluta, quando ouvi uma voz muito respeitosa:
- Com licença.
- Quem é?
- Não precisa se assustar. Depois de morto não nos pode acontecer nada de pios, portanto não há motivo para sustos. Sou seu vizinho de tumba [...] Muito prazer. Chamo-me Brás Cubas.
É dessa forma que Haroldo Paiva conhece Brás Cubas e seu projeto póstumo. Sim, Brás Cubas tinha um projeto, que engendrara nos últimos anos de vida, mas não tivera tempo de executar: o emplastro Brás Cubas, um antidepressivo capaz de varrer a melancolia da face da Terra.
Mas espera aí! O publicitário Haroldo Paiva não está morto? Como é que vai lançar um produto no mundo dos vivos? E Brás Cubas não é personagem de um livro de Machado de Assis? Personagem também vira fantasma? Que história maluca é essa?
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